terça-feira, 5 de junho de 2007

Inclusão digital: Passo primordial para o desenvolvimento de um país




Sueli Alves



Em tempos em que se busca e se fala cada vez mais em desenvolvimento, não apontar para a relevância da inclusão digital seria um equívoco. O processo de evolução digital e a automatização fazem dessa inclusão um passo de suma importância para a realização dos serviços de forma hábil. A falta de atualização curricular neste sentido faz de profissionais, antes considerados altamente qualificados, e daqueles que pretendem entrar no mercado de trabalho, analfabetos funcionais.

Tempos atrás, a conclusão do ensino médio dava um up grade no currículo pessoal e era objeto de apreciação para se obter cargos de alto escalão. Atualmente, pessoas com apenas essa qualificação encontram dificuldade até mesmo para conseguir emprego como copeiras ou garis.

O custo de cursos especializados e as dificuldades financeiras para se obter um microcomputador, bem como o baixo índice de disponibilidade de acesso por parte do governo contribuem para a exclusão digital.
Difícil não vincular o baixo índice de desenvolvimento econômico e social de um país, incluindo a fome e a pobreza, à falta, ou baixo nível, de inclusão. Esta afirmação segue o raciocínio de que a inclusão digital aumenta o desenvolvimento do país, logo gera oportunidades e melhora a qualidade de vida das pessoas. Esse fato é notório em países desenvolvidos. A inclusão diminui o analfabetismo, sobretudo o funcional e conseqüentemente a fome e a pobreza.

No Brasil, assim como em outros países, as pessoas parecem estar despertando para esse fato, e já cobram do governo medidas que proporcionem tal inclusão de forma democrática. Obviamente, criar centros de aprendizagem gratuitos e facilitar a compra de equipamentos não vai erradicar de pronto a fome, a pobreza e a desigualdade social. Tão pouco zerar o índice de analfabetismo. Mas, sem dúvidas, é um grande passo para o país se desenvolver não mais ao "passo da tartaruga" mas, a médio prazo, veloz como um leopardo.
Não é uma questão de se tornar "refém" da informatização, mas de atualização para o bem como, se utilizada de forma correta, e não desenfreada. A tecnologia deve ser utilizada de forma consciente. Deve-se usá-la de forma a acrescentar, não como escravização.